O ator Vandré Silveira está comemorando 20 anos de carreira. E para celebrar esse momento marcante na sua carreira o galã aceitou o convite da DYO Magazine para protagonizar um ensaio super provocante. Os cliques são assinados pela dupla de fotógrafos Oseias Barbosa e Rebecca Wesolowski e mostram o lado mais provocante do galã que ficou completamente nu em cima de uma cama coberto apenas por lençóis brancos.
Vandré viverá o seu primeiro protagonista na série ‘Jenipapo – A Fronteira da Independência’, que será exibida em 2022 no streaming (em fase de negociação). O artista ficou três meses no Piauí, onde gravou a produção, e não esconde a emoção em poder viver uma figura história, e também seu primeiro protagonista na TV, o fazendeiro Simplício Dias da Silva.
“Sem dúvida protagonizar a série e dar vida a uma figura histórica como Simplício Dias da Silva é um grande desafio. Acredito que este seja meu trabalho mais maduro como ator. Me preparei durante meses para ele. Fiquei três meses no Piauí, entre preparação e filmagem. Simplício é um personagem de muitas complexidades e meu maior desafio foi humanizar este homem controverso. Lá ele era conhecido pelo seu lado cruel, o “Simplição”, como ficou lembrado. Além disso, essa figura também carrega esse lado histórico, ele foi um importante comerciante que desenvolveu a região da então vila da Parnaíba e foi o principal patrono da luta piauiense em favor da independência do Brasil. Faço Simplício por volta dos 50 anos e me interessa muito o trabalho de composição. A maneira de falar, de gesticular, as influências da época e da região, tudo colaborou para este processo” completa.
‘Jenipapo- A fronteira da independência’, tem produção da Framme Produções com direção de Alexandre Mello e contará a saga da batalha do Jenipapo, uma das mais sangrentas da história da independência do Brasil.
“A série aborda todo o movimento que culminou na batalha do Jenipapo. Fundamental na história brasileira, infelizmente muito pouco estudada e conhecida. O Brasil que não elegemos como construção discursiva da nossa História, mas que foi fundamental para nossa independência dos portugueses” explica o intérprete de Simplício Dias.
Vandré, que em 2021 completou 40 anos, sendo 20 deles dedicados as artes, encabeça o elenco da produção que conta ainda com nomes como Adriano Garib e Áurea Maranhão.
“Este ano completei 20 anos de carreira. Ser artista sempre foi resistência. Neste momento de pandemia foi uma benção estar no Piauí gravando uma série tão original. E que possamos reconhecer a importância e a diversidade do nosso Brasil. Esta é a primeira grande produção audiovisual piauiense que aborda a batalha do Jenipapo, me sinto muito honrado. Viva a cultura piauiense!” ressalta Silveira.
Além de ‘Jenipapo’, o ator poderá ser visto a partir de 12 de dezembro como o caminhoneiro Eurípedes na série ‘Amor dos Outros’. A produção, gravada em 2019 em São Luis (Maranhão), é mais um trabalho dele junto a Framme Produções, com direção de Alexandre Mello, e estreará no Cine Brasil TV.
“Na série interpreto o Eurípedes, um caminhoneiro, que é marido de Sandra (Júlia Horta). Ele é muito apaixonado, mas ciumento, e volta para a estrada para satisfazer a amada, que tem o sonho de ter uma casa própria fora dos padrões básicos. É um homem bom, porém machista, um bronco, que acha que a mulher tem que ficar em casa cuidando do lar. Em um certo momento, para ajudar na renda familiar, ela acaba indo trabalhar, escondida dele, como camareira em um motel. Isso vai causar uma série de conflitos e uma crise muito forte entre eles” completa.
Ele ainda ressalta que foi uma benção fazer um caminhoneiro, pois tem um avô que encarava as estradas no volante, então foi o regaste de sua ancestralidade.
“Eu aprendi a dirigir caminhão, tive algumas aulas e foi mágico. Foi muito gratificante fazer o Eurípedes. Um personagem rústico, mas, ao mesmo tempo, doce. Um ser humano muito afetivo” diz.
Além da TV, Vandré acumula sucessos também nos palcos. Ele tem um vasto currículo, onde se destaca por sua versatilidade.
“Nesses 20 anos de carreira já fiz muitas peças, entre elas teve o meu primeiro projeto autoral: o monólogo ‘Farnese de Saudade’, com direção de Celina Sodré, sobre o artista plástico Farnese de Andrade. Estreei em 2012 e a última temporada que fiz foi no teatro Poeirinha (RJ) em 2018. Foi muito especial, pois atuei, escrevi a dramaturgia, criei a instalação cenográfica e ainda fomos agraciados com prêmios e indicações” ressalta.
Além de Farnese, ele fez outros papéis memoráveis como em ‘O Homem Elefante’, com direção de Cibele Forjaz e Wagner Antônio, em 2015, em que dava vida ao personagem título e comoveu muitas pessoas com sua atuação em temporadas no Rio de Janeiro e São Paulo. ‘A Casa Apodrecida”, versão teatral livremente inspirada no romance realista ‘O Primo Basílio’, escrito por Eça de Queirós e publicado em 1878, que teve direção de Leonardo Bertholini e Vandré interpretava o próprio Basílio.
“Foram muitos trabalhos que levo com muito carinho e espero que em breve possamos retornar com o teatro que é tão importante para a cultura do nosso país” finaliza Vandré.
Ele prepara um projeto autoral para levar aos palcos em 2022. “Se chama ‘A Hora do Boi’ que trata da relação do homem com os animais, uma relação de exploração e crueldade. O texto aborda a visão antropocentrista do homem que se coloca numa relação de superioridade aos outros seres” revela Vandré.
A peça tem argumento de Vandré, com texto da Daniela Pereira de Carvalho, direção do André Paes Leme e direção de produção do Caio Buker.
“‘A Hora do Boi’ conta a história do Senhor Francisco, um homem que trabalha em um abatedouro de bovinos, ele se afeiçoa a um boi, que coloca o nome de Chico. Ele cuida dele, mas ele tem um conflito quando chega “a hora do boi”, ou seja, a hora do abate está chegando. No meio disso tem a figura de Francisco de Assis, não em uma leitura religiosa, mas como o homem que viveu e que se aproximou dos animais e respeitou todos os seres, ele aparece como narrador dessa história” finaliza o multifacetado ator que irá representar todos os personagens em cena.
