Quem vê toda beleza e simpatia de Roger Monte, não imagina que ele venceu a depressão e sofreu preconceito por causa do vitiligo; uma condição que se caracteriza pela perda da coloração da pele. A primeira mancha apareceu no corpo do modelo aos 23 anos de idade. “Ver minha pele perdendo a pigmentação foi assustador. Achei que minha vida, que mal havia começado, tinha acabado naquele momento.” revelou Roger em entrevista ao jornal inglês Daily Mail UK.
O vitiligo transformou completamente a vida do modelo nascido e criado no Rio de Janeiro. Durante mais de uma década Roger não conseguia sequer se olhar no espelho e passou a sofrer de depressão profunda. “Eu tive alguns anos realmente sombrios. Não aceitei minha condição de jeito nenhum e comecei a usar maquiagem para camuflar minhas manchas” relembra.
Roger conseguiu reverter o quadro depressivo em 2016, quando um grupo de amigos o encorajaram a mostrar sua verdadeira pele. “Eles me ensinaram a ver minhas manchas como algo único e bonito. Então, um dia eu acordei, peguei meu celular, tirei uma foto e postei no Instagram”.
As publicações nas redes sociais começaram a chamar a atenção de grandes marcas e não demorou muito para Roger ser convidado para fazer trabalhos como modelo. “Mesmo tímido, me sentindo completamente cru diante das câmeras, acabei me redescobrindo e percebi que eu era feliz mostrando quem eu realmente sou. E a partir disso, as coisas acabaram acontecendo”
E para celebrar o seu sucesso como modelo e a aceitação do vitiligo, Roger aceitou o convite da DYO Magazine e protagonizou um ensaio exclusivo assinado pelas lentes do talentoso fotógrafo Lëo Castro no Rio de Janeiro. “Se minhas fotos são capazes de ajudar outras pessoas a aceitarem seu verdadeiro eu, então estou feliz. Eu fiz da câmera minha aliada e mal posso esperar para ver o que o futuro me reserva”, concluiu.